
(Karwai Tang/ UK Government/Reprodução)
Nos últimos anos a palavra “Amazônia” esteve presente na página principal de alguns dos mais importantes jornais em circulação no mundo, The New York Times, The Guardian, The Whashington Post e BBC são alguns exemplos de veículos de comunicação que abordaram com certa frequência o assunto em questão, trazendo críticas e informações acerca do desmonte da política ambiental brasileira e seus impactos no bioma, sobretudo nos últimos quatro anos.
Fomentar o debate sobre a Floresta Amazônica é uma pauta extremamente necessária principalmente quando analisamos sua vasta abrangência e importância, não apenas para o Brasil, mas para o mundo como um todo. São mais de 6.700.000 km² de área de floresta distribuídos em nove países diferentes, que abriga 15% de toda a biodiversidade existente. Pesquisas recentes comprovaram a capacidade da floresta em alterar o regime hídrico do sul da América do Sul até a costa oeste da América do Norte, provocando chuvas excessivas ou períodos severos de seca, além disso a floresta é lar de diversas tribos indígenas e comunidades tradicionais detentoras de um vasto repertório de conhecimento, saberes e tradições. Sob seu solo estão depósitos imensos de metais e escondidos em sua densa vegetação, ativos que contém curas diversas.

https://brasilsoberanoelivre.blogspot.com/2013/05/paises-da-amazonia-se-reunem-para.html
Em contrapartida o cenário de destruição que vem se formando em todo o bioma é extremamente preocupante. De acordo com um relatório recente publicado pela Amazon a área desmatada de Janeiro a Setembro de 2022 ultrapassou 9.000 km², foi a maior devastação registrada em 15 anos, desde que o sistema de monitoramento próprio do instituto foi implantado. A área afetada pelas queimadas e pela extração de madeira também cresceu significativamente chegando a impressionantes 359% de aumento.
“Se passarmos de 20 a 25% de desmatamento, a Amazônia corre risco de se tornar uma savana degradada”
Carlos Nobre – pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP

Apesar de recorrente no âmbito acadêmico a discussão sobre a real situação da Amazônia ainda é muito pouco presente fora dele, crianças e adolescentes em idade escolar têm muito pouco contato com a problemática, que se restringe a oportunidades pontuais de debater com seus colegas e professores em momentos oportunos dentro de sala de aula sobre a questão, que raramente é explorada para além do ambiente de ensino, no campo familiar – onde passam a maior parte do tempo e onde a parte mais importante da formação do caráter ocorre – o assunto raramente é tratado, até mesmo de maneira superficial. Muitos pais e responsáveis motivados por questões políticas menosprezam o assunto alegando se tratar de algo que pode ser facilmente resolvido, quando pensamos que as crianças de hoje serão os adultos de amanhã e que herdarão o legado deixado por nós, nos vemos diante de uma situação gravíssima, pois os adultos das mais variadas faixas etárias também não aparentam se importar com a problemática em questão no seu dia-a-dia contrariando a responsabilidade que possuem de manter a temática viva e principalmente de cobrar ações e posicionamentos de seus representantes políticos nas altas esferas de poder garantindo assim, a manutenção e preservação do mesmo para as futuras gerações.
A Amazônia é nosso bem natural mais precioso, sua conservação é importante não somente para nós, enquanto cidadãos brasileiros, mas para todo o mundo, afinal, sua deterioração não afetará apenas nosso país, e sim toda nossa casa comum.
Por Matheus Oliveira