As águas de “Chuá” inundam de encantamentos o público de Belo Horizonte

Encerrando a trilogia dedicada às artes entre as infâncias, a Insensata Cia de Teatro apresenta o espetáculo inédito Chuá, entre os dias 6 e 16 de abril, no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil, (Praça da Liberdade 450, Funcionários – Belo Horizonte – Minas Gerais).

No dia 06/04/2023, a Insesnta Cia de Teatro apresentou pela primeira vez o espetáculo Chuá, uma verdadeira celebração de estreia, no CCBB, às 18 horas. Uma tarde véspera de feriado, com um clima agradável na cidade de BH, as crianças de todas as idades tiveram um bom motivo para iniciar o feriado de páscoa com uma celebração de lembranças, vivências, brincadeiras, muita música e interatividade.

Keu Freire explica muito bem como foi esse momento para a Insensta Cia de Teatro: “Estamos em festas! Porque são oito anos desenvolvendo essa pesquisa com a trilogia entre Infâncias, e ter três frutos, “Memórias de um quintal”, “Pru Titi” e “Chuá”, surgindo nesses experimentos, nessas investigações é de fato um motivo para celebrar”.

As quatro crianças Cau, (Cláudio Márcio), Caçulinha, (Dário Marques), Caroço, (Brenda Campos) e Manguinha, (Keu Freire), além de trazerem suas aventuras convidaram pessoas especiais. Cau convidou Dona Marlene, sua mãe, Manguinha, Dona Laura, sua avó, Caçulinha, Dona Rute, sua mãe, e Caroço, Dona Lourdes, sua avó.

As lavadeiras conduziram o público pelo leito de um rio de memórias que deságuam do contato com a obra “Os Rios Morrem de Sede”, de Wander Piroli. Quatro atores/criadores usam do mascaramento e do revelar-se em cena para a criação de uma atmosfera relacional, possibilitando a convivência das Infâncias do público e dos artistas presentes, bem como a emergência de suas memórias relacionadas com a água.

Com um revezamento mágico entre as personagens infantis e as simpáticas senhorinhas lavadeiras cantadoras, a trupe levou ao público uma mescla de sorrisos, gargalhadas e memórias. Sensações de pertencimento se espalharam entre o público, principalmente as crianças, que foram convidadas a descer ao palco e literalmente entrar no espetáculo junto com as personagens.

Entre troca de balões cheios de água, trouxas de roupas na cabeça e muita cantoria, quem adentrou ao palco se divertiu com as lavadeiras e se encantaram com a simpatia das senhorinhas.

A Cia ainda apresentou o Córrego do Onça aos presentes, que viram o cenário invadir a plateia, ao transbordar de suas margens, inundando as mentes de viagens emocionantes, tudo ao som das vozes encantadoras das lavadeiras.

Chuá trouxe através das águas, memórias, brincadeiras, reflexões importantes e bonitas não só de infâncias, mas da vida como um todo, para dentro do teatro, repleto de nuances emocionais.

O ator Keu Freire, o Manguinha, justificou a emoção de todes com a seguinte declaração: “É um trabalho muito cuidadoso que respeita as diversas infâncias e que busca propiciar o protagonismo das crianças nesses acontecimentos artísticos. Então conseguir desenvolver ações como estas durante oito anos é motivo de muita alegria para a Insensata Cia. Chuá nasceu. Nasceu lindo, nasceu potente, nasceu com muita força”. A Insensata Cia de Teatro finalizou essa celebração artística com uma bênção das águas para que todes fossem embora, além de fascinades pelo espetáculo, cheios/as de piedade e amor divino.